Primeira sessão dirigida do Cineclube: mostra curta Jorge Furtado, focalizando três curtas-metragens do diretor gaúcho. Sessão dirigida, pro Cineclube Belém Insular, é aquela que tem como convidados, ou como Público especial, um determinado grupo. No caso, a presente sessão, deixando livre a passagem para todos os públicos, se fará em consonância com os interesses da disciplina Ciências da Profª Gleiciane Bezerra, turmas C4 Escola Bosque. Importa deixar marcado que a mostra curta Jorge Furtado é a primeira sessão extra do Cineclube (entendendo esta, como toda sessão que se faça fora do horário da sessão semanal fixa, que vem sendo executada às terças-feiras às 18h).
Sessão CURTA JORGE FURTADO, Escola Bosque, Auditório, segunda-feira, 13 de Setembro, 15h. FILMES:
Ângelo anda sumido, 1997, 17 min.
Ilha das flores, 1989, 12 min.
O sanduíche, 2000, 13 min.
Sessão regular: ABRIL DESPEDAÇADO, 2001, 99 Min. Direção: Walter Salles.
Devido ao feriado de 07 de setembro, a primeira sessão regular do cineclube ocorre na segunda semana de setembro, excepcionalmente, e dá a largada com um filme de Walter Salles. O cineasta brasileiro, que dirigiu os filmes central do Brasil e terra estrangeira, escolhe a aridez do sertão nordestino para contar essa estória de tradição belicosa entre famílias, que se propaga através do tempo sob o peso da honra e da morte. Salles escolhe o momento de ruptura da nefasta tradição, a qual, entretanto, não deixa de existir sem que uma última vítima se ofereça em sacrifício. A vítima é uma criança, o Menino, que, com sua vida (sua morte), ao mesmo tempo rompe a tradição e sela a sorte de Tonho, o irmão, libertando-o da sina.
Escola Bosque, Auditório, 14 de Setembro, 18:00h.
Sessão regular: HORROR NO BOSQUE, José Mojica Marins em dois médias-metragens, Escola Bosque, Auditório, sexta-feira, 21 de Setembro, 18h.
Sessão horror no bosque, enfatizando o horror como gênero cinematográfico – seus desdobramentos, suas peculiaridades de linguagem, a fetichização imposta a esse gênero pela indústria cultural, o parentesco com a literatura de horror. Dois médias-metragens comporão a sessão, ambos de José Mojica Marins, o Zé do Caixão, um dos cineastas brasileiros que mais se dedicou ao gênero, tendo alcançado o refino de obras-primas. As sessões horror no bosque ocorrerão regularmente.
FILMES:
Pesadelo macabro, 1967. 31 min. Um sujeito é atormentado por pesadelos terríveis a partir dos quais intui que será enterrado vivo.
Ideologia. 1967, 32 min. As teorias e sobretudo as práticas macabras co que o Dr. Oaxiac Odéz comprova sua tese a respeito da degradação humana e do triunfo da matéria sobre o espírito.
Mostra O CINEMA PENSA A ADOLESCÊNCIA, FILME HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES
Mostra o cinema pensa a adolescência, com exibição de filmes abordando os problemas e dilemas próprios dessa faixa etária. Essa sessão extra é dirigida ao público adolescente em geral e a todos os que se interessem pelas questões que envolvem esse complicado interregno entre a idade infantil e adulta.
Filme: houve uma vez dois verões, 2002, 75 min. Direção: Jorge Furtado. Escola Bosque, Auditório, dia 27 de Setembro, 13:15H.
Chico conhece Roza (com z) numa noite na praia; os dois ficam juntos, mas ela desaparece sem deixar vestígios. Ele a procura, sem sucesso, e quando está por perder a esperança, recebe um telefonema da moça. Marcam um encontro, no qual a moça declara gravidez, solicitando, na ocasião, que ele a ajude, com dinheiro, para um aborto. Essa é apenas a primeira vez que Roza engana Chico; ele vai, pouco a pouco, conhecendo o modo maroto com que a moça ganha a vida. Entretanto, Chico a ama e não desistirá. Uma comédia romântica para pensar a adolescência.
Sessão Regular: Batismo de sangue, 2007, 110 min. Direção: Helvécio Ratton. Baseado no livro homônimo de Frei Betto.
O filme de Helvécio Ratton acompanha a ação de frades dominicanos que ousaram, durante o período da Ditadura Militar, se opor ao cruel sistema, sofrendo na pele e na alma as conseqüências. Dentro do domínio do pensamento cristão, os freis Betto, Oswaldo, Ivo, Fernando e Tito agregam-se a elementos da luta armada, inclusive o principal líder rebelde, Carlos Marighela, contribuindo no combate à ditadura, e enveredando para o cárcere como tantos outros a quem bateu o braço forte do poder linha dura. A trajetória de Tito é a mais radical: nele a tortura sofrida se propaga além mar, até seu suicídio, na França, atormentado com os pesadelos do sofrimento. Ratton, que viveu o período intensamente, deu um tom de brutal realismo às cenas de tortura, sugerindo, incomodamente, no espectador, a penúria e a humilhação do torturado. Em muitos, como em Tito, as feridas não puderam sarar completamente.
Exibições em Cotijuba:
Cotijuba entra na onda do Cineclube Belém Insular. A partir do dia 18 de Setembro iniciam-se as sessões na ilha cravada entre as baías do Guajará e de Marajó. Relembremos que o principal possibilitador do Cineclube Belém Insular, o proponente no Edital Cine Mais Cultura Pará, do qual a Escola Bosque é parceira e que permitiu acesso ao equipamento de exibição de cinema, foi o MMIB (Movimento de Mulheres das Ilhas de Belém), cuja sede está em Cotijuba. A deficiência de ambientes apropriados para a exibição na ilha, que atendessem às condições do Edital, assim como a parceria com a Escola Bosque, com sua considerável estrutura material e humana, fizeram, entretanto, com que as sessões regulares tivessem a ilha de Caratateua, distrito do Outeiro, como local de referência. A proposta apresentada ao Edital, contudo, previa a itinerância total ou parcial dos equipamentos e dos acervos disponíveis. Daí que, em seu segundo mês de ação, o Cineclube Belém Insular viaja no tradicional barquinho pôpôpô até a ilha do antigo Educandário Nogueira de Farias, no intuito de praticar um cineclubismo de resistência, em fazer-se alternativa de fruição em um ambiente polarizado pelo turismo de fim de semana e pelas grandes festas. Testemos então o poder de fogo do cinema!
Filme: houve uma vez dois verões, 2002, 75 min. Direção: Jorge Furtado. Escola Bosque, UP Faveira, Cotijuba, dia 18 de Setembro, 18h:30min.
Filme: barravento, 1962, 80 min. Direção: Glauber Rocha. Escola Bosque, UP Faveira, Cotijuba, dia 02 de Outubro, 18h:30min.
O CINECLUBE BELÉM INSULAR é uma realização do MMIB (Movimento de Mulheres das Ilhas de Belém), Escola Bosque, Cine Mais Cultura, MINC, SECULT/Pa.
Contatos: cineinsular@gmail.com. Blog: insularcineclube.blogspot.com